6.15.2007

de novo por aqui?

uff... há já algum tempo que aqui não vinha...
bem, vamos limpar o pó a este armário...
sras. pulgas, tem de novo a palavra...

9.21.2006

seis coisas sobre mim

já que tanto insistem, pronto, aqui vai…

seis coisas sobre mim:

1- sou teimoso, por vezes a roçar o sobranceiro
2- sou peludo e tenho a barba carregada
3- tenho os dentes ligeiramente desalinhados
4- tenho barriga e ressono
5- sou desarrumado e de um estoicismo de levar às lágrimas
6- sou uma carta fora do baralho do imaginário sexual feminino
[andam um pouco baralhadas vocês, não andam?]
género
[“-…tenho que te apresentar a uma amiga minha…”- se fosse alguma coisa de jeito, não me apresentavam à amiga, ponto.]
de resto, os olhos cansados de um castanho triste e um sorriso que é tudo, só se revelam pessoalmente.
portanto convidem-me para um café.
agora que sabem grande parte dos meus defeitos, o resto só pode ser uma agradável surpresa.

9.18.2006

Intermezzo I

hoje foi um dia duro. daqueles em que nos sentimos impotentes perante as forças do mundo.
chego a casa à noitinha, deixo caír a forma usada de mais um dia enquanto me livro dos sapatos. escolho um velho disco do Vitorino. aos poucos a calma regressa. uma modinha popular.

"ai do castelo do Redondo
avista-se o Alandroal
vêem-se terras de Espanha
ai metade de Portugal

ai já não há quem queira dar
uma filha a um ganhão
estão à espera que lhe tragam
das Ìndias um capitão

ai já não há quem queira dar
uma filha a um louceiro
estão à espera que lhe tragam
ai do Brazil um brasileiro"

por alguma razão esta música parece-me mais acertada do que nunca...

8.30.2006

'tou constipado

'tou constipado, o que está a atrasar a minha "reentré".
estou em estado febril, arremetido de ataques de tosse excessivos,
o nariz pinga-pinga-pinga-amor, tolhido por tremores corporais e
espasmos de de[s]amor crónico,
em virtude de noites passadas a repicar rameiras em fúria.
tenho um post em banho-maria,
mas os espirros não tem freio.
mas vai sair o tinhoso, ai isso vai!

7.13.2006

até já

vou de férias!
soprarei noticias de algum lugar ao Sul[..]

7.03.2006

sobre o fogo [com um cheirinho a Vinicius de Morais]

alguem me pediu lume.
não sei se o meu fogo chega tão longe [...]
recordo uma canção do Chico:

" sei que a légua vai nos separar
tanto mar, tanto mar
sei tambem quanto é preciso pra
navegar, navegar.
manda a primavera pá
cá estou carente
manda urgentemente algum cheirinho de alecrim[...]"

o que me chegou foram ecos do Sul.

porque para lá viagei este fim de semana,
rumo a um pôr do Sol no Alentejo.
porque fiz a viagem a ouvir o ultimo disco do Chico.


alguem no Sul me pede lume e ardo;

"sonhei que o fogo gelava
sonhei que a neve ardia
e por sonhar o impossivel
sonhei que tu me querias"

já disse que amo o Chico?

após o jogo de Portugal / Inglaterra,

estou na piscina na quinta dos meus primos,
o céu é laranja e ardo na frescura.

ainda mais a Sul, de Buenos Aires,
Minino Garay e os seus tambores do Sul,
marcam os compassos de um tango;

"[...] de toda a miseria se puede salir
la humildad del hombre es su porvenir[...]

ardo!

sábado à noite, em Évora,
o reencontro com o Manel Bocha,
um dos meus melhores amigos,
não o via há anos.
um abraço apertado.
diz-me:

- é isto que define uma grande amizade,
três anos sem te vêr e parece que estive ontem contigo...

não sei como pude estar longe tanto tempo,
perdido no frio daquele Norte.

faz-me falta este Sul!
ardo na sua plenitude.

talvez seja este o segredo de chegar longe.
desvanecer em fumo de tanto arder.

talvez que fintando os ventos Atlânticos e os desvios dos caminhos do mundo,
uma pequena nuvem viajante se aviste no céu,
esconda o Sol por uns segundos,
e largue meu fogo em chuva, no colo de uma moça dos trópicos.
que uma gota de água roube a seus verdes olhos, ainda que por um momento,
um breve sorriso ardente.

6.29.2006

cantiga de amigo sobre a propriedade comutativa do tabaco

o ministério da saúde adverte, viver pode causar uma morte lenta e dolorosa.

nesta vida, sem o amor, não se passa nada!
… e morre-se aos poucos de qualquer forma.

medito nisto enquanto fumo mais um cigarro,
e feito nuvem lá parto para viver mais um bocadinho.

que definhem no paraíso as almas descrentes do fogo ardente.
eu cá prefiro este inferno[…]


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